quarta-feira, 23 de julho de 2008

Será que li bem???

Advogado critica acção da polícia de Loures
Ontem
António Caria, advogado das famílias ciganas do Bairro Quinta da Fonte, considera que a operação policial para retirar os membros da comunidade dos jardins em frente à Câmara de Loures "não é própria de um estado democrático".
"Mal do país quando as pessoas não podem estar onde querem nem ir para onde pretendem", disse o advogado, salientando que não se tratava de uma manifestação mas de um grupo de "pessoas sem-abrigo" que escolheu aquele lugar para pernoitar.
António Caria considerou ainda não estarem reunidas as condições de segurança para que as famílias voltem ao Bairro Quinta da Fonte, argumentando existirem "retaliações por parte da comunidade africana".
No mesmo sentido, o presidente da associação SOS Racismo, José Falcão, acusou o Estado de ter "dois pesos e duas medidas", comparando esta situação à da paragem dos camionistas em que o Estado cedeu.
"Neste caso em que as pessoas não estavam a fazer nada nem a cometer qualquer ilegalidade porque não têm casa, foram escorraçados pela Câmara de Loures" não há cedências, referiu.
José Falcão acusa o Estado de "atitude racista", salientando que "quem criou estes barris de pólvora foi o próprio Estado devido à forma como as pessoas foram colocadas nestes bairros".
As famílias ciganas da Quinta da Fonte que se encontravam acampadas no jardim da Câmara Municipal de Loures retiraram-se ao fim da madrugada, na sequência de uma operação policial, sem incidentes, anunciou o comissário Resende da PSP de Loures.
A operação iniciou-se cerca das 06:15 e "decorreu sem incidentes", tendo as autoridades comunicado às 53 famílias ciganas acampadas no jardim que teriam de sair do local, pois a atitude configurava "uma manifestação ilegal
Fonte: Jornal de Noticias

2 comentários:

Anónimo disse...

E o habitual. Uma palhaçada

Anónimo disse...

Não é facil!