segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Porque se matam os polícias...
Não poderia deixar de abordar neste blogue, um assunto tão debatido na comunicação social e que atinge as forças de segurança.
Conheci varios que optaram por esta via e que, antes do facto consumado, deixaram sinais de alerta. Quase sempre deixam...Infelizmente...as causas podem ser variadas mas quase sempre centradas num acontecimento traumático ou num incidente crítico.
"Recém formado, frequentemente exposto ao sangue, violência e ao perigo.Não desabafa esses horrores com a esposa. A esposa não iria entender. Umas bebidas depois do trabalho para ajudar a esquecer. Os colegas da polícia não entendem. Não pode confiar nos civis. Não pode admitir os problemas, nem com colegas da polícia: seria considerado um fraco. A bebida aumenta. A esposa parte. A arma mesmo ali à mão".
(Loch, 1996)
Florbela Espanca, em 1919, ilustra o desespero interno que qualquer indivíduo pode sentir, como se estivesse só no mundo.
Lágrimas ocultas
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi noutra vida
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai um abandono de esquecida!
E fico pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida de um lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Nunguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
(Espanca, 1919)
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5 comentários:
José, muito obrigada pela força. Abraços.
Mais uma vez quero lhe agradecer pela solidariedade...
Você é um amigão... Valeu...
Abraço afetuoso...
Tudo de bom
Saudações amigas
Passei e deixo os as minhas saudações amigas
Florbela Espanca pura sensibilidade.
Parabéns pela sua actividade.
Uma Alquimista passou por aqui…
Com a frescura de brisa da matinal
Tal qual um beijo perdido no Cosmo
Com sabor de bem, sem laivos de mal
Beijinho
Azoth
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