segunda-feira, 22 de junho de 2009

Retorno do PREC (continuação)

Oficiais acusam polícias de radicalismo nas manifestações

Os altos cargos dizem que pisar bonés do uniforme à frente da casa do primeiro-ministro só arrasa a imagem da instituição. Organizadores do protesto defendem-se: os polícias estão revoltados e descontrolaram-se
Os oficiais da PSP acusam a Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP) de radicalismo na última manifestação que fizeram à frente da residência do primeiro-ministro, José Sócrates. O objectivo era entregar os bonés do uniforme numa caixa, mas os polícias descontrolaram-se e a acção terminou com chapéus espalhados e pisados no chão da rua.
"O uniforme representa um conjunto de deveres com os cidadãos e a honrada missão de cada elemento da PSP. Arremessar bonés policiais pelo chão foi uma das manifestações mais revoltantes da história do sindicalismo português", disse ao DN Jorge Resende, presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP).
Jorge Resende compreende que o efectivo esteja descontente com a perda de direitos e regalias, prevista no novo Estatuto da PSP, mas teme que "estas manifestações radicais [como a de 8 de Junho] arrasem a imagem da instituição. "Isto é vergonhoso", sublinha.
Contactado pelo DN, o presidente da ASPP reconhece que o planeado "tomou outras proporções". No entanto, o dirigente sindical admira-se com as críticas vindas dos oficiais. "Foram eles que nos empurraram para a luta e nos disseram nas reuniões que era preciso reivindicar", recorda.
Paulo Rodrigues admite que os planos para aquela tarde não foram conseguidos. Mas também reconhece que os problemas causados foram, depois, solucionados pelos próprios manifestantes. "Houve uma mudança no percurso, o pessoal não percebeu e começou a trocar palavras com os elementos que faziam segurança. Um ou dois, revoltados, mandaram o boné ao ar. E todos repetiram".
O plano era que cada um, "com dignidade", colocasse o boné num recipiente para entregar ao primeiro-ministro. Mas os bonés acabaram por ser arremessados para o chão e pisados pelos manifestantes. "Responsabilizo-me, porque organizei, mas também não gostei. Facto é que não podemos andar a manifestar-nos sem ver resultados. No entanto, nunca o meu sindicalismo servir para pôs em causa a imagem e a credibilidade da instituição e dos polícias", defende-se.
in DN 22JUN2009
Ou seja, respeitar para ser respeitado. Quem exerce funções de autoridade delegadas pelo Estado, não pode confundir reivindicações com actos que visem chocar...quem tem razão, esgrime os seus argumentos sem resvalar para atitudes que, no limite, atingem e ferem toda a classe em que se insere...a opinião publica é arma de peso que pode e deve ser aproveitada a favor de quem luta por direitos...mas essa também rapidamente condena actos que se assemelhem a mera libertinagem...se as policias não se respeitam, como exigir que o sejam na sua actuação diária?
In Zeladordaordempublica 16DEZ2008
Voltei pela segunda e última vez a este tema, em virtude de anónimos comentários referirem que trabalho das 09H/17H, sem saber o que é o rigor da rua e o serviço policial..enganam-se redondamente.
Sou associado sindical à mais de 20 anos mas não me peçam que pactue com situações que são de facto degradantes..o ter razão não dá direito a tudo.
É uma questão de forma e não de conteúdo..

1 comentário:

Luna disse...

Penso que existe muito para fazer, começando pela humanização das pessoas, pela alteração das leis, pois cada vez me convenço mais que é o banditismo que é protegido e não quem tenta levar uma vida correcta, e em relação á segurança nem falo... o povo precisa de se sentir protegido0, para isso os agentes de segurança também precisam de sentir apoio, ter meios e respeito,enfim há muito a fazer mas de fundo, penso eu que sou uma leiga no assunto

Namastê